Juventude de Belém

Espaço dedicado ao GRANDE CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

BELENENSES 2 - NAVAL 3

A Naval mostrou sempre mais vontade de ganhar o jogo que os azuis do Restelo e foi essa força psicológica que acabou por ditar o resultado final.
A vitória da Naval no Restelo não oferece contestação.
A equipa orientada pelo adjunto Fernando Mira revelou ousadia suficiente e uma boa organização para derrotar um Belenenses apático, com um futebol demasiado previsível e muito permeável nas suas linhas atrasadas.
A equipa de José Couceiro fez um jogo muito mau e o aparente equilíbrio no resultado só existe porque o Belenenses beneficiou de dois erros infantis da Naval: um autogolo de Nélson Veiga e um penálti cometido por Fernando. Porque, de resto, os azuis do Restelo foram de uma pobreza franciscana nas suas acções, quer defensivas, com o sector mais recuado a cometer falhas imperdoáveis, como atacantes, com os avançados a revelaram uma grande inoperância.Quem tem razões para sorrir é a Naval. Fez um jogo inteligente e soube tirar partido das fraquezas do adversário. A equipa jogou sem complexos por ocupar uma posição complicada na tabela e revelou a ambição de lutar pelo resultado.
Os primeiros minutos revelaram um Belenenses, num 4x4x2 de cariz ofensivo, com Romeu e Meyong na frente, implantado no meio-campo adversário a fazer uma grande pressão sobre o jogador da Naval que tinha a bola. E logo aos 8’, os azuis conseguiram uma oportunidade de golo, ainda que através de um lance de bola parada. Um cruzamento de Rui Jorge, na direita, para Meyong, de cabeça, obrigou Taborda a uma excelente intervenção para canto. Mas o ascendente azul foi sol de pouca dura.
A Naval, arrumada em campo num arrojado 4x3x3, colocava em prática essa ambição. E na primeira vez que conseguiu aplicar o contra-ataque podia ter chegado ao golo, mas Bruno Fogaça, na cara de Pedro Alves, rematou ao lado. Mas o aviso estava dado. E o golo da Naval acabou mesmo por surgir, ainda que com alguma dose de felicidade. A bola rematada por Tiago ressaltou em Gaspar e sofreu um desvio que acabou por trair Pedro Alves, entrando ao primeiro poste.
Mas o mau jogo do Belenenses, com um meio-campo desarticulado e sem progressão no terreno, assim como o afunilamento do jogo pela zona central, ia-se acentuando. A Naval era uma equipa mais madura, disciplinada tacticamente e chegou com toda a naturalidade ao segundo golo (36’), num lance iniciado em Fajardo e finalizado por Saulo.
A vencer por 2-0, a Naval veio para a segunda parte disposta a gerir a vantagem. Couceiro, por sua vez, mexeu na equipa, lançou Zé Pedro e Dady e o Belenenses passou a jogar em 4x3x3, mas o futebol dos azuis continuava a cometer os mesmos erros. Fraca ocupação das faixas laterais na transição para o ataque e uma grande insegurança nas linhas atrasadas. Aos 62’, Romeu teve uma boa chance de finalizar, mas o cabeceamento saiu à figura de Taborda. O jogo caminhava para a monotonia, quando os azuis receberam uma dádiva do céu. Um autogolo de Nélson Veiga, após cruzamento de Rui Jorge, fez sonhar o Belenenses num resultado diferente. Qual quê. Na resposta, a Naval fez o 3-1, por Lito, em mais uma desatenção da defesa azul.A história do jogo estava sentenciada. A equipa de Couceiro ainda reduziu a desvantagem, por intermédio de Meyong, de penálti, mas a verdade é que os azuis do Restelo nunca fizeram nada de válido para que o resultado não fosse outro que a derrota.
Não vale a pena, estarmos a lamentar o que se passou, dado que por mais triste e vergonhoso que seja, tem sido assim esta época. Mas apesar de isto tudo, eu confio que vamos permanecer na Liga, só espero que todos também continuem a acreditar.