GRANDE VITÓRIA SOBRE O PENAFIEL NA ESTREIA DE RUI JORGE A TITULAR, ROMEU E AHAMADA A MARCAR E DA NEVE DE REGRESSO A LISBOA 52 ANOS DEPOIS...
Num dia atípico em quase todo o País, no Restelo também pouco se viu de normal: resultado à antiga; Belenenses goleador; Penafiel sem alma para enfrentar o que resta da Liga; um árbitro apostado em complicar o que era fácil e, claro, uma intempérie histórica, com um frio de rachar, chuva e... neve! Jogando em casa diante do último classificado, ao Belenenses só a vitória interessava. Nesse sentido, os azuis entraram decididos a resolver, quanto antes, o assunto. E, verdade seja dita, tiveram mérito na forma como vincaram a sua superioridade.Trocando bem a bola – o que nem parecia ser provável, devido ao péssimo estado do relvado em consequência do mau tempo –, os pupilos de José Couceiro cedo começaram a provocar problemas ao último reduto nortenho. O golo inaugural, perfeitamente justificado, surgiu à passagem do minuto 20, mas não teria constituído surpresa se sucedesse antes, tal o domínio dos locais, devidamente acompanhado de situações claras de golo que, a serem maioritariamente aproveitadas, dariam para um “score” digno de figurar num qualquer livro de recordes.
Poder-se-ia pensar que Penafiel iria tentar reagir a partir do momento em que se viu em situação de desvantagem. No entanto, não foi nada disso que ocorreu. O Belenenses, motivado, partiu em busca de uma vantagem mais consistente, enquanto o adversário – visivelmente sem soluções à altura – se afundava por completo.Até ao descanso, o “placard” funcionou mais duas vezes e, claro, sempre com os visitados a festejarem. Quase nem se deu conta que o Belenenses, após expulsão injusta de Sandro, estava a jogar com uma unidade a menos.O Penafiel, para além de ter feito um único remate à baliza de Marco Aurélio durante 45’, revelou uma confrangedora incapacidade de criar lances de ataque. Louve-se a dedicação e o profissionalismo dos jogadores, que lutaram até ao último apito do árbitro, mas é por demais evidente que o que resta da época será para o Penafiel um autêntico calvário. E todo o grupo sabe isso, razão pela qual ao mínimo contratempo a desmotivação apodera-se do conjunto e, evidentemente, os erros acumulam-se em doses industriais. Luís Castro, como não poderia deixar de ser, aproveitou o descanso para mexer na equipa. Fez três substituições porque não podia fazer mais. Mas, como se imaginava, de pouco valeu. Ainda por cima, logo após o reatamento, o Penafiel reclamou uma grande penalidade que o árbitro não assinalou. Na resposta, em contra-ataque, os azuis voltaram a marcar e Odaír, devido a protestos, recebeu ordem de expulsão. Pouco faltava acontecer aos nortenhos...Até final, o Belenenses limitou-se a gerir o jogo sem forçar. Marcou mais um golo, mas se necessitasse (ou quisesse) teria feito outros.
Referência especial para a tarde de inspiração de Ahamada. Um “hat trick” não surge todos os dias. E nem o facto de ter contado com os sucessivos deslizes alheios pode manchar uma exibição notável.Uma última nota ainda para a estreia de Rui Jorge de azul vestido. O lateral trouxe experiência e classe à formação do Restelo e se mantiver esta bitola vai ser um verdadeiro reforço para o que resta da temporada.
1 Comments:
At 15/2/06 17:16, Anónimo said…
Onde estão as actualizações?
Enviar um comentário
<< Home