JORNAIS DESPORTIVOS (6ª FEIRA - 14/04/2006)
CONVOCADOS PARA A RECEPÇÃO AO V. SETÚBAL
O lateral Sousa regressa à lista de convocados de José Couceiro tendo em vista a recepção ao V. Setúbal, amanhã, para a 31ª jornada da Liga.
O defesa rende Amaral, habitual titular, que terá de cumprir um jogo de castigo. Além de Amaral, Couceiro também não conta com Djurdjevic e Romeu, lesionados tendo ainda prescindido de Ricardo Araújo, por opção técnica.
O plantel fez esta manhã o último treino antes da partida com os sadinos.
Lista de convocados
Guarda-redes: Marco Aurélio e Pedro Alves
Defesas: Sousa, Rolando, Pelé, Rui Jorge, Gaspar e Vasco Faísca
Médios: Sandro Gaúcho, Ruben Amorim, José Pedro, Pinheiro, Rui Ferreira, Fábio Januário, Paulo Sérgio, e Silas
Avançados: Meyong, Ahamada, Dady e Ceará
José Couceiro: «Jogo não vai decidir a classificação final»
DESDRAMATIZA IMPORTÂNCIA DA VITÓRIA
O Belenenses recebe hoje o V. Setúbal no regresso a casa após a derrota (0-4) na Choupana. Apesar de reconhecer a importância do encontro, o treinador José Couceiro tenta relativizar o seu teor decisivo: “É tão importante quanto os anteriores, mas com menos espaço para falhar. Mal de nós se não soubermos ajustar esta pressão. Sabemos que vai ser um encontro difícil, pois o V. Setúbal está a jogar bem e motivado.”
O técnico reconhece, porém, que os 3 pontos são preciosos: “O triunfo é importante, mas não decisivo. Não é este jogo que decide a classificação final do Belenenses, apesar de poder começar a definir a permanência. É importante vencer, sobretudo para os atletas ganharem mais confiança.”
Moralizados
Apesar dos números arrasadores da derrota com o Nacional, que o treinador belenense considera ter sido um “resultado excessivo e enganador”, Couceiro não cansa de referir o bom estado moral dos seus pupilos: “A equipa está confiante, sabe que no último jogo teve muitos problemas e está preparada para dar a resposta já neste desafio. O encontro da Choupana teve características muito especiais, nomeadamente no jogo aéreo. Foi excepcional, não foi normal para aquilo que temos feito. Espero que a equipa reaja bem, tal como fez com o Sp. Braga.”
Modelo refeito
Na jornada anterior, os azuis não contaram com alguns elementos importantes no meio-campo, nomeadamente o ainda lesionado Djurdjevic e os castigados Rúben Amorim e Sandro Gaúcho. Apesar de não querer desculpar a derrota, o treinador recordou que foi forçado a fazer várias alterações: “É preciso encontrar soluções quando temos jogadores de fora. Neste jogo, já não há essa necessidade, pois Sandro Gaúcho regressa à equipa e o nosso modelo defensivo volta ao normal.”
E, relembrando que faltam as duas vitórias desejadas para garantir a continuidade na Liga, José Couceiro recusa falar do futuro. “O importante para mim é resolver os problemas deste ano e não pensar no futuro. O que acontecer este ano condiciona o próximo”, refere, acrescentando: “Este não é o momento para arranjar culpados para uma situação que é cíclica no Belenenses. O mais importante é resolver o problema dos 4 jogos que faltam”.
Novidades
A equipa do Restelo vai, assim, apresentar novidades relativamente à que actuou na Choupana: Sandro e Rúben Amorim devem regressar ao onze, tal como Sousa, que não alinha de início desde o jogo com o Rio Ave, em Vila do Conde, no dia 6 de Março.
Não é o momento de arranjar culpados
O treinador do Belenenses valoriza a partida desta tarde mas não além do limite do razoável. José Couceiro não considera o jogo decisivo mas garante que é preciso concentrar todas as atenções em quatro jogos.
— É o jogo da época para a sua equipa?
— É um jogo tão importante como os anteriores mas este com menos espaço para falhar. Mal de nós que não saibamos aguentar esta pressão. Será difícil, o V. Setúbal está a jogar bem, está motivado, mas mal de nós se não pensarmos que temos capacidade para vencer.
— É decisivo para a manutenção?
— É importante mas não decisivo. Não vai ser este jogo que vai decidir a classificação final do Belenenses. Pode começar a decidir a permanência. Para nós é importante ganhar para que a equipa se fortaleça psicologicamente.
— A estratégia do jogo com o Nacional, de três centrais, continua?
— As pessoas, quando fazem a análise à equipa, têm de perceber que jogadores é que estão de fora e quais as suas características. Têm de perceber também que o jogo com o Nacional na Choupana foi um jogo com características muito especiais. Nomeadamente por causa das bolas paradas. Se tínhamos uma estrutura que sentia dificuldades no jogo aéreo, era obviamente necessário colmatar as ausências de Rúben Amorim e Sandro Gaúcho, que fecham o nosso primeiro poste. Mas estavam os dois castigados e o outro jogador que podia fazer essa função é Djurdjevic, que estava lesionado. É preciso encontrar soluções quando temos alguns jogadores-chaves fora da equipa. Sandro Gaúcho vai voltar à equipa e o nosso modelo defensivo regressa ao normal.
— Como é preparar a equipa para um jogo tão importante e preparar, ao mesmo tempo, a próxima época?
— Neste momento não é importante pensar em termos de futuro mas sim neste ano, que vai condicionar o futuro... Temos de resolver o problema destes quatro jogos. Este não é o momento de arranjar culpados para a situação, uma situação que é cíclica no Belenenses. Não é deste ano.
— Quantos pontos serão necessários?
— 40 pontos.
Couceiro preparado para a... manutenção
José Couceiro salientou ontem a relevância do encontro desta tarde com o Vitória de Setúbal. Na óptica do técnico, a sua equipa não pode perder muito mais tempo para conseguir a manutenção, não obstante ter retirado o rótulo de decisivo ao embate com os sadinos. "É um jogo importante, porque temos menos espaço para falhar. O Vitória está bem, com confiança e motivado, mas temos capacidade para vencer o Setúbal. O triunfo neste jogo é importante, mas não é decisivo. Não é este encontro que vai decidir a nossa classificação final, mas pode decidir uma parte da permanência."
A goleada sofrida há uma semana no Funchal, diante do Nacional, ainda está na memória do plantel, contudo José Couceiro acredita que os seus pupilos saberão dar a resposta diante da formação sadina. "A equipa está confiante e, embora saiba que, no último jogo, teve muitas falhas, tenho a certeza de que vai dar uma boa resposta." O técnico esclareceu, de seguida, a razão que o fez alterar a equipa diante dos alvinegros. "Alterei a equipa na Madeira para suprimir algumas ausências e combater a elevada estatura dos jogadores do Nacional. O Belenenses não jogou com três centrais. O Rui Jorge jogou mais avançado no terreno para fechar as entradas do Patacas. A derrota na Madeira foi uma situação excepcional. Não foi um jogo normal. O resultado é enganador. Se a goleada tem influência no rendimento da equipa? Talvez, por estarmos numa situação complicada."
O responsável técnico dos azuis reforça a necessidade de atingir 40 pontos na pauta classificativa, independentemente do local onde sejam obtidos. "O que precisamos é de alcançar 40 pontos. Faltam-nos duas vitórias. Não interessa se são em casa ou fora..." Depois, Couceiro recusou abordar a próxima temporada, embora não tenha negado que a mesma já está em preparação. "Para mim, o mais importante é resolver os problemas deste ano. O que acontecer agora vai condicionar o futuro. A análise a fazer terá de ser feita depois. Esta é uma situação cíclica, não é deste ano."
Rui Jorge livre da... descida
Apesar de estar vinculado ao Belenenses até 2007 – assinou por época e meia em Janeiro –, o lateral Rui Jorge acautelou os seus interesses em relação à temporada vindoura, ao incluir no seu contrato uma cláusula que lhe permite desvincular-se dos azuis no caso de a equipa descer de Divisão. O Belenenses tem oito jogadores em final de contrato. O guarda-redes Marco Aurélio já foi abordado para renovar e tem a confiança da equipa técnica, pelo que deverá continuar no Restelo, tal como Pedro Alves. No meio-campo, além de Rui Ferreira, também Ricardo Araújo, muito pouco utilizado, vê o seu vínculo a expirar e dificilmente permanecerá, até porque exercer a opção (duas épocas) implicará custos para a SAD. Já o jovem Mano, com contrato de formação, deverá ver accionada a opção que lhe permite passar a profissional. Quanto a Paulo Sérgio e Silas, ambos emprestados, os azuis têm opção, também por duas épocas, apenas sobre o último, caso o Wolverhampton não queira renovar-lhe contrato. Resta Ceará, também com poucas hipóteses de continuar no Restelo.
Regresso às origens
José Couceiro vai voltar à forma original no jogo com o Vitória de Setúbal. Rui Jorge volta ao lugar de origem – lateral-esquerdo –, saindo Vasco Faísca. Ainda na defesa, Sousa irá render o castigado Amaral. Sandro Gaúcho volta a ocupar o centro do terreno, enquanto Rúben Amorim também está de regresso à equipa, devendo alinhar ao lado de Pinheiro. O tridente mais ofensivo será formado por José Pedro, Silas e Meyong.
Trio chamado aos sub-21
O encontro com o Vitória de Setúbal deverá registar uma enchente, tendo em conta o número considerável de associados que ontem acorreram para levantar convites para o embate desta tarde. À margem desta movimentação, a equipa entrou ontem em estágio, após a única sessão do dia. O regresso aos trabalhos está previsto para amanhã (10h30), sabendo-se igualmente que Rolando, Rúben Amorim e Paulo Sérgio irão estar ausentes na segunda e terça-feira, por terem sido convocados para o estágio dos sub-21. Já ao serviço da Selecção Nacional de sub-19 está Mano.
A figura do Belenenses: JOSÉ PEDRO
Formato original
Está a realizar um final de época em grande estilo. Nas derrotas e nas vitórias, tem sido o elemento em maior destaque, reconquistando a coragem para enfrentar os defesas e, depois, dirigir "bombas" para a baliza adversária.
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