BELENENSES 0 - REAL MADRID 1 (TROFÉU TERESA HERRERA)
A equipa de «Os Belenenses» mostrou ao mundo do futebol toda a sua classe e maturidade frente ao Real Madrid nas meias-finais do já por si prestigiante Torneio Teresa Herrera.
O Estádio do Riazor e os milhões de telespectadores que nos mais diversos países assistiram à transmissão televisiva do jogo terão ficado surpresos com a personalidade e classe demonstrada pelos azuis do Restelo, a quem só um incrível lance de infelicidade ao bater dos noventa minutos impediu de discutir nas grandes penalidades a passagem à final do Torneio.
Os azuis do Restelo, que utilizam neste torneio e pela primeira vez os equipamentos com que se apresentarão à Europa durante a participação na Taça UEFA, mostraram claramente que são fundadas as ambições na competição europeia em que estão envolvidos, pena sendo que o jogo tenha sido transmitido em sinal codificado, privando desta forma milhões de portugueses de assistir a um encontro de qualidade que em muito dignificou o futebol português. Pode-se afirmar que o Belenenses fez a sua parte no que refere ao serviço público ... infelizmente (e pelo menos) a televisão estatal ... não ! É neste pequenos grandes detalhes que se desequilibra a competição em Portugal.
Quanto ao jogo própriamente dito, será dificil e até desnecessário fazer uma crónica exaustiva da partida, salientando que ao longo dos noventa minutos o Belenenses jogou de igual para igual com a multimilionária formação do Real Madrid, sofreu em algumas ocasiões uma maior pressão adversária mas soube gerir esse momentos com grande tranquilidade e criou também vários lances que poderia chegar ao golo.
Inicialmente o Belenenses alinhou com Marco Gonçalves; Cândido Costa, Rolando, Devic e Rodrigo Alvim; Ruben Amorim, Gavilan, José Pedro e Mendonça; Silas e Roncatto.
Ao intervalo, Jorge Jesus fez entrar Fernando para o lugar de Silas, aos 62´Mendonça foi rendido por Rafael Bastos, aos 67´Gavilan deu o lugar a João Paulo e finalmente aos 73´o treinador azul fez entrar Amaral para o lugar do jovem Rafael Bastos que terá entendido que Jorge Jesus não hesita em «formar» os mais jovens no espírito competitivo que imprime ao seu grupo de trabalho. Alegadamente Rafael Bastos não terá entendido a missão táctica que lhe estava confiada e 11 minutos depois de ter entrado foi substituído. Um exemplo que fica para o jogador em questão e para todos os recém-chegados quanto ao rigor utilizado por Jorge Jesus cujos frutos na evolução dos atletas tem vários casos bem marcantes pela positiva.
Resta acrescentar que o fatídico tento dos madrilenos aconteceu aos 89 minutos e 30 segundos, quando um inofensivo remate de Robinho foi parado por Marco Gonçalves que acabaria por posteriormente ver a bola escorregar-lhe entre mãos e as pernas, caminhando lentamente para o interior da baliza.
Numa expressão que resume o sentimento generalizado todos que assistiram ao jogo ... Enorme injustiça !
A equipa de «Os Belenenses» vai agora defrontar os italianos do Atalanta no jogo de atribuição do 3º e 4º lugares, com o amargo de boca de, por mera infelicidade, não ter tido a oportunidade de discutir a vitória no troféu mas com o mesmo sentimento de responsabilidade para manter e reforçar a fantástica imagem internacional deixada esta noite.
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