Juventude de Belém

Espaço dedicado ao GRANDE CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"

sábado, setembro 23, 2006

C.F."OS BELENENSES" E ESTÁDIO DO RESTELO

PARABÉNS

87º ANIVERSÁRIO DO CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"

50º ANIVERSÁRIO DO ESTÁDIO DO RESTELO

JORNAL "A BOLA" (ONLINE)

Uma Taça de Pedra com vista para o Tejo

É, sem dúvida, um dos recintos desportivos mais bonitos do Mundo, com a particularidade de juntar uma arquitectura clássica a uma deslumbrante vista sobre o rio Tejo, uma «Taça de Pedra onde espumará a formidável alma popular», como foi dito no dia da inauguração. Abençoado pelo Cristo-Rei, que lhe abre os braços desde 1959, o Estádio do Restelo foi inaugurado há precisamente meio século...

Andava o velho do Restelo a lamuriar-se pelas margens do Tejo, nos alvores do século XVI, quando duas obras emblemáticas de Lisboa começaram a erguer-se, uma de carácter militar, a Torre de Belém, e outra de inspiração espiritual, o Mosteiro dos Jerónimos. A zona de Belém como referência da capital estava determinada e foi reforçada, a partir de meados do século XX, com algumas obras que a enriqueceram mais. Primeiro foi o Estádio do Restelo, em 1956, nascido de uma pedreira a que a Câmara Municipal de Lisboa não sabia dar destino, a deslumbrar com a vista sobre o Tejo quem se sentava nas suas bancadas. Três anos volvidos, o anfiteatro do Belenenses recebeu a bênção do Cristo-Rei, que fora crescendo a partir de uma ideia do Cardeal Cerejeira após uma visita ao Rio de Janeiro, e abria os braços a Lisboa, no alto do Pragal, em Almada, na margem sul do Tejo. No ano seguinte, 1960, a Torre de Belém passava a ter a companhia do Padrão dos Descobrimentos, edificado para celebrar o Infante D. Henrique, 500 anos após a sua morte. Em 1966, a zona ocidental de Lisboa foi prendada com a Ponte sobre o Tejo e quem entrasse na capital vindo do Sul e olhasse para Ocidente via, paredes-meias com os Jerónimos, o Estádio do Restelo. Finalmente, em 1992 abriu portas o mais recente elemento estrutural da zona ribeirinha ocidental de Lisboa, o Centro Cultural de Belém, que animou e qualificou ainda mais uma das áreas nobres de Lisboa.

Os grandes estádios

A construção do Estádio do Restelo (1956) inseriu-se na lógica de edificações desportivas que começou em 1945, com o Estádio Nacional, prosseguiu em 1950, quando Craveiro Lopes e Oliveira Salazar inauguraram o Estádio 28 de Maio, em Braga e estendeu-se às Antas (1952), Luz (1954) e Alvalade (1956).O Belenenses, que se via obrigado a sair das Salésias em função de três cortes previstos no Plano de Urbanização da zona (já o Benfica fora obrigado a abandonar as Amoreiras devido à construção do viaduto Duarte Pacheco...), depois de aturadas diligências – e duas das figuras gradas do regime eram adeptos dos azuis, os Almirantes Henrique Tenreiro e Américo Tomás (que semeou a primeira relva do estádio), este, à altura, ministro da Marinha – viu a CML viabilizar os terrenos de uma pedreira, nas traseiras dos Jerónimos. «Sim, é possível construir aqui o campo, mas vai ser preciso usar muita dinamite», disse, então, o arquitecto Carlos Ramos.Depois de muita discussão interna e de ainda mais imaginação para angariar os fundos necessários à construção do novo recinto, o dia 23 de Setembro de 1956 entrou na história do Belenenses como o primeiro da vida do Estádio do Restelo, que se chamou Estádio Almirante Américo Thomaz, entre 1971 e 1974.

A inauguração e os golos

O dia da inauguração do Estádio do Restelo foi um somar de emoções. De manhã, no Estádios das Salésias, a algumas centenas de metros do novo recinto, cumpriu-se um minuto de silêncio junto da estátua de Pepe, que mais tarde seria transferida para o Restelo. Depois, o solene arrear da bandeira do Belenenses, transportada de seguida, em cortejo pedestre, até ao no estádio. Nessa parada desportiva participaram 3500 atletas em representação de 200 clubes. As maiores delegações pertenciam a Benfica, FC Porto e Sporting. No Restelo, o estandarte da Cruz de Cristo foi hasteado e ouviram-se, na alocução aos adeptos, algumas palavras altamente significativas:Seguiu-se um jogo entre o Belenenses e o Sporting, ganho pelos azuis por 2-1. A Miranda, do Belenenses, coube a honra de marcar o primeiro golo no novo estádio. Dois dias depois, num festival nocturno que estreou a iluminação do Restelo, o Belenenses derrotou o Stade Reims, que três meses antes perdera por 4-3, contra o Real Madrid, na final da primeira Taça dos Campeões Europeus, por 2-0. Na equipa gaulesa actuava, a avançado-centro, o mítico Just Fontaine, que dois anos depois marcaria 13 golos pela França no Mundial da Suécia.

JORNAL "RECORD" (ONLINE)

Notáveis azuis homenageados

DURANTE A SESSÃO SOLENE

Trezentas distinções: foi assim que o Belenenses resolveu contemplar associados, antigos dirigentes e diversas individualidades e instituições, durante a Sessão Solene que ontem decorreu no Pavilhão Acácio Rosa, integrada nas comemorações do 87.º aniversário.

O presidente Cabral Ferreira fez as honras da casa e dedicou algumas palavras à efeméride, que contempla ainda as comemorações dos 50 anos do Restelo.

Entre as muitas distinções, destaque para a medalha de Sócio de Mérito atribuída a Sequeira Nunes, Jaime Monteiro, Carlos Silva, Raul Solnado, Francisco Nicholson, Paulo Coelho e Pedro Feist, entre outros.

Novos sócios honorários do clube passam a ser a Câmara Municipal de Lisboa, o Sindicato dos Jornalistas e Homero Serpa.

Vários clubes e entidades ligadas ao desporto estiveram presentes ou fizeram-se representar, e entre elas as muitas filiais, casas e núcleos, cujo encontro anual, aliás, está marcado para esta tarde.

Enorme simbolismo tiveram as homenagens a Sequeira Nunes e Jaime Monteiro – este recebeu a medalha das mãos da filha, Ester Monteiro (vice-presidente da Direcção), num momento de grande e especial emoção.

1 Comments:

  • At 23/9/06 15:32, Anonymous Anónimo said…

    À medida que a Superliga de futebol avança no calendário e que o Gil Vicente continua a faltar aos jogos, aumenta a emoção fora das quatro linhas. Os grandes protagonistas têm sido Valentim Loureiro e Luís Filipe Vieira (e a ordem não é arbitrária...). Primeiro foi o presidente do Benfica a dizer umas coisas na RTP1, de que o presidente do Boavista, perdão, da Liga de Clubes, não gostou. E revelou o que sentia com toda a transparência: "Não se meta comigo. Não se meta comigo...", ordenou Valentim, falando para o antigo comerciante de pneus através das câmaras de televisão. A resposta do sulista não se fez esperar: "Nem sabe com quem é que se está a meter", afiançou o presidente do Benfica. Será que os dois não têm coragem para avançar um pouco mais na linguagem? Será que não vamos ficar a saber o que irá acontecer se Vieira não se meter com Valentim? Será que não vamos ficar a conhecer Vieira só porque Valentim não se vai meter com ele? Vá lá, avancem em direcção à baliza de cada um! Ataquem pelos flancos ou pelo meio! Senhor Vieira, meta-se com o senhor major! Senhor major, meta-se com o senhor Vieira! Estamos todos à espera de boas histórias! E quanto mais edificantes, melhor!...

     

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