Juventude de Belém

Espaço dedicado ao GRANDE CLUBE DE FUTEBOL "OS BELENENSES"

terça-feira, janeiro 01, 2008

osBELENENSES 6 - P.FERREIRA 7 (TAÇA DE PORTUGAL)

A equipa de futebol do Belenenses foi esta tarde eliminada da Taça de Portugal, ao perder no Restelo com o Paços de Ferreira, no desempate por grande penalidades (4-5), após um empate a dois golos obtido nos últimos minutos do tempo regulamentar e que não sofreu alterações no prolongamento.

Num jogo em que o Belenenses tinha a defender a condição de finalista da Taça de Portugal da época passada, a nossa equipa voltou a desiludir os adeptos, repetindo as últimas exibições caseiras, sendo de destacar que a equipa não vence no Estádio do Restelo desde o passado dia 30 de Setembro.

O Belenenses começou o encontro sem conseguir assumir o comando do jogo, revelando dificuldades para construir jogadas ofensivas que possam propiciar ocasiões de golos, com os jogadores da linha da frente a não conseguirem segurar a bola, para permitir a entrada dos médios mais ofensivos afim de originarem desiquilíbrios na estrutura defensiva contrária.

Assim sendo, fruto dessa incapacidade, a equipa criou apenas um único lance de perigo na primeira parte, numa jogada finalizada por Silas, a que Peçanha correspondeu com grande intervenção.

Quando nada fazia esperar, a equipa do Paços de Ferreira, num lance de contra-ataque, conseguiu chegar ao golo no final da primeira parte, por intermédio de Edson, num lance em que os adeptos azuis presentes no Restelo questionaram a legalidade, por pretendo fora-de-jogo.

Minutos antes, o Belenenses vira a equipa de arbitragem anular um golo a Roncatto, por fora-de-jogo, num lance também duvidoso de analisar.

As equipas foram para os balneários com o Belenenses a perder pela margem mínima, numa primeira parte mal disputada por parte das duas equipas.

No regresso para a segunda parte, o técnico Jorge Jesus alterou a equipa, com as saídas de Gabriel Gómez e Rafael Bastos e as entradas de Rúben Amorim e João Paulo Oliveira.

Porém, logo a iniciar a etapa complementar, seria novamente o Paços de Ferreira a chegar ao segundo golo, por intermédio de Furtado, na recarga a uma defesa apertada de Marco Gonçalves.

Se até então a nossa equipa demonstrava alguma intranquilidade no jogo praticado, mais se acentuou essa intraquilidade, com a expulsão de Cândido Costa, aos 59 minutos, por palavras ditas ao juíz da partida.

Mais uma vez, o técnico Jorge Jesus mexeu na equipa, ao retirar Silas de campo, fazendo entrar Hugo Leal para o seu lugar. A partir desse momento, o Belenenses começou a exercer maior domínio do jogo e a empurrar a formação pacense para a sua área, fazendo uma pressão e uma circulação de bola não vistos até então.

Fruto dessa maior pressão e também do recuo do Paços, que pensou que o resultado estaria feito, o Belenenses continuou a atacar e num livre marcado por Hugo Leal, aos 84 minutos, e após alguma confusão na área contrária, João Paulo rematou para o golo do Belenenses, reduzindo o marcador para 1-2.

A partir desse momento, o Belenenses acreditou que seria ainda possível chegar ao empate nos poucos minutos que restavam, com Weldon, no último minuto, a efectuar uma magnífica jogada pelo corredor esquerdo, culminando com um excelente remate que embateu no poste mais distante, com João Paulo a surgir no local do ponta-de-lança para recarga, cabeceando para a baliza deserta e empatando o jogo, o que parecia impossível alguns minutos antes.

Os noventa minutos esgotaram-se com o marcador a registar um suado empate a dois golos, com o jogo a seguir para mais trinta minutos de prolongamento, num período em que ambas as esquipas procuraram resolver a eliminatória sem ser necessário chegar ao desempate na marcação de grandes penalidades.

Destaque no prolongamento para um livre directo cobrado por José Pedro, que obrigou Peçanha a efectuar uma defesa sensacional, e que o juíz da partida transformou em pontapé de baliza, e já na segunda parte do mesmo, para uma excelente jogada individual de Weldon, efectuando um slalom como se o jogo estivesse no seu início, demonstrando estar claramente a subir de produção.

Terminado o prolongamento, sem o marcador sofrer qualquer alteração, as duas equipas foram para a lotaria do desempate dos pontapés da marca de penalty, onde a formação pacense foi mais feliz, convertendo todos os pontapés, tendo José Pedro falhado a sua conversão logo na primeira tentativa, eliminando o Belenenses da competição, para desilusão dos adeptos azuis presentes nas bancadas.

De destacar a nível individual, os dois golos do jovem ponta-de-lança João Paulo, que com a sua movimentação dentro de campo reforçou a acutilância do nosso jogo atacante, sendo de realçar também as entradas de Rúben Amorim e Hugo Leal, que efectuaram uma boa exibição, praticando um futebol mais prático e eficaz, com a equipa a subir bastante de produção após as suas presenças no relvado.

E assim, ingloriamente, o Belenenses foi afastado na primeira eliminatória da Taça de Portugal onde marcou presença - tal como já tinha acontecido na primeira eliminatória da Taça da Liga - ambos por desempates da marca de grande penalidade, ficando a partir deste momento apenas a disputar o Campeonato da Liga Profissional, sendo de lamentar o facto da equipa ter dado 60 minutos – e dois golos - de avanço ao adversário, acordando demasiado tarde para o encontro.