JORNAIS DESPORTIVOS (3ª FEIRA - 18/04/2006)
Artistas em «part-time»
POUCAS serão as equipas em Portugal com dois jogadores de meio-campo dotados de maior capacidade técnica que José Pedro e Silas. Nas 31 jornadas já disputadas, os dois apenas integraram a formação titular, ao mesmo tempo, numa dúzia de jogos. Balanço: seis vitórias e igual número de derrotas. Agora que o Belenenses procura os três pontinhos em falta para selar a permanência, com a primeira de três finalíssimas marcada para Paços de Ferreira, domingo, está na hora de ambos abandonarem o regime de part-time e marcarem, em definitivo, a diferença.
Em dia de inspiração são capazes de ganhar, sozinhos, ou quase, um jogo. Diz-se, até, que José Pedro e Silas, por serem jogadores de características semelhantes, não devem integrar em simultâneo o onze. Uma opinião que, a avaliar pelos últimos seis jogos, não é partilhada por José Couceiro. O treinador do Belenenses sabe que o excesso de qualidade, salvaguardados os equilíbrios indispensáveis ao funcionamento de qualquer equipa, nunca pode ser considerado um problema. No Restelo lamentam-se, então, as ausências - por lesão, castigo ou má forma - da dupla, uma das várias limitações que justificarão a temporada negativa dos azuis. Depois de Meyong, o melhor marcador da Liga, com 17 golos, Silas e José Pedro, ambos com quatro provas de pontaria afinada, são os goleadores de serviço. Em Paços de Ferreira, dia de grandes decisões, se voltarem a ser titulares, os dois artistas têm a oportunidade de desempatar o saldo entre triunfos e derrotas (seis em cada um dos casos) quando actuam juntos.
Amaral faz contas a mais nove pontos
O lateral-direito do Belenenses está de regresso após cumprir um jogo de castigo e acredita que a vitória concludente sobre o Setúbal servirá de mola propulsora para mais três triunfos nos jogos que faltam.
No balneário dos azuis também se usa a calculadora. Mas nem seria preciso, face ao optimismo dos prognósticos para os derradeiros jogos, como o atesta Amaral, lateral-direito da turma do Restelo que está de novo às ordens de José Couceiro depois de cumprir castigo na última jornada, frente ao Vitória sadino. "Acho que é possível ganhar os três encontros que faltam. Estamos confiantes e a trabalhar para isso", garante o brasileiro, elegendo a capacidade da equipa em fazer bons jogos na qualidade de visitante como trunfo para os compromissos em Paços de Ferreira e Barcelos: "Somos melhores fora do que em casa. Basta recordar as partidas no Bessa e em Guimarães, por exemplo. Mas se conseguirmos pelo menos um ponto na Mata Real, também será muito bom."
O defesa belenense considera até que foi no Restelo que a candidatura aos lugares de acesso à Taça UEFA começou a desmoronar-se. "Perdemos muitos jogos em casa [só o Penafiel tem tantas derrotas, oito], nos quais nos faltou tranquilidade, cometemos muitos erros, e fomos castigados por isso", analisou .
Certo é que a vitória concludente frente ao Setúbal ajudou a elevar o moral do plantel e poderá funcionar como um tónico importante para as restantes jornadas. "Nos últimos cinco jogos, apesar de algumas derrotas, o grupo mostrou estar mais confiante. Melhorámos a nossa produção sem sombra de dúvida", asseverou.
Apesar da subida gradual da equipa, Amaral não deixa de fazer um balanço pessoal em tom crítico. "Na última época, tive muitos momentos bons, mas, nesta, reconheço que deixei um pouco a desejar. Penso que tudo começou naquela sequência de maus resultados [cinco derrotas consecutivas, aquando da passagem de testemunho de Carlos Carvalhal para José Couceiro], que afectou o grupo assim como a mim", apontou.
Djurdjevic e Romeu recuperam
O panorama clínico dos azuis não regista novos casos, pelo que Djurdjevic e Romeu prosseguem os respectivos planos de recuperação dentro da normalidade, tendo ambos ontem cumprido apenas um período de corrida e alguns exercícios no relvado. O sérvio, a contas com uma microrrotura, alimenta alguma esperança de poder ser dado como apto para o jogo com o Paços; já o avançado português terá de enfrentar mais algum tempo de trabalho específico até poder voltar à competição.
Gaspar regressa à Mata Real
O central Gaspar, que recuperou a titularidade no último jogo, com o Setúbal, é o único jogador do plantel dos azuis com ligações ao Paços de Ferreira (próximo adversário do Belenenses), pelo qual actuou na época de 2000/01, tendo até empatado (2-2), na Mata Real, ante a sua actual equipa. O defesa não foi, todavia, muito utilizado nessa temporada (14 jogos, dois golos) e, no ano seguinte, transferiu-se para o Alverca.
Amaral: «Grupo está confiante»
LATERAL QUER FAZER PLENO
O lateral-direito Amaral está confiante na prestação da equipa nos 3 jogos que faltam para terminar o campeonato, salientando que o triunfo ante os sadinos foi moralizador. O brasileiro crê que o Belenenses pode “fazer o máximo de pontos nestas partidas."
"Primeiro vamos pensar no Paços e depois nos outros jogos. Se não vencermos em Paços de Ferreira, pelo menos 1 ponto já é bom. O grupo está moralizado com o triunfo sobre o V. Setúbal”, disse.
Djurdjevic e Romeu só fazem corrida
BELENENSES PREPARA JOGO COM PAÇOS
Djurdjevic e Romeu limitaram-se a fazer corrida no treino desta manhã do Belenenses, que prepara o jogo com o Paços de Ferreira.José Couceiro trabalhou jogadas de contra-ataque de dois avançados contra um defesa em todo o terreno, completando a sessão de trabalho com uma peladinha em metade do campo.
Rolando, Rúben Amorim e Paulo Sérgio estiveram ausentes por se encontrarem ao serviço da Selecção Nacional de Sub-21. Regressam amanhã ao trabalho da equipa do Restelo.
ALEGADO ASSÉDIO AO ATLETA REGGIE MOORE
Os responsáveis do Belenenses sentem-se indignados com a tentativa de assédio feita ao seu jogador Reggie Moore, na véspera do início do playoff. As queixas estendem-se mesmo à Liga de Clubes que enviou uma carta do empresário do atleta ao clube, na qual afirma que “Reggie Moore não está interessado em continuar no Belenenses na próxima época, alegando pressupostos falsos”, segundo nos conta o director do clube do Restelo, Barata Marques.
“Como é possível que a Liga nos envie uma carta sobre este assunto na véspera de iniciarmos o playoff? Só se for para desestabilizar o grupo de trabalho”, refere o dirigente da equipa de Belém, que nos adiantou ir a direcção do Belenenses “manifestar junto à Liga o desagrado pela atitude tomada”.
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