De facto no domingo (10/09/2006) foi um dia muito azul, não só pelo estado do tempo, mas também pela sempre bonita viagem entre Trafaria e Belém, pelo excelente convivio que houve no almoço entre amigos bloguistas vindos de Lisboa, Margem Sul e até de Ovar (abraço para todos) no Restaurante Carvoeiro junto aos Jardins de Belém onde fomos recebidos por um "jovem" senhor que até nos sentarmos para almoçar, nos presenteou com algumas histórias sobre o Belenenses e a bela zona de Belém, sempre boas de escutar com atenção. Após enchermos a barriga, lá veio o prometido brinde de champanhe à saúde do nosso Belenenses. Partimos então em direcção ao Estádio, onde iamos ter oportunidade de até à hora do jogo, podermos assistir ao jogo de Juniores, ao qual a equipa do Rui Jorge ganhou e bem por 3-1 contra o Nacional da Madeira.
Finalizado este jogo, vinha então a mais que aguardada estreia da nossa equipa na Liga Bwin contra o V. Setúbal, que muitos só acreditaram quando o arbitro apitou para o inicio da partida.
Tendo como fonte o Site Oficial do Clube de Futebol "Os Belenenses", podem ler de seguida a crónica e as entrevistas feitas após o jogo aos atletas Zé Pedro e Roma:
A equipa profissional de «Os Belenenses» venceu esta tarde a formação do Vit. Setúbal por 2-0, no jogo de estreia da nossa equipa na Bwinliga 2006/2007 e no dia que marcou o regresso da Festa do Futebol ao Estádio do Restelo.
Perante uma apreciável moldura humana de associados e adeptos do clube que não quiseram faltar à festa do futebol, a equipa do Restelo dominou a partida e rubricou uma exibição agradável, deixando o público presente satisfeito com o resultado e com a exibição da equipa.
O técnico Jorge Jesus apresentou de início para este jogo seis «caras-novas», sendo que, manteve o esquema táctico apresentado nos últimos jogos particulares, com três médios ofensivos (Silas, Roma e Fernando) a auxiliarem o ponta-de-lança Manoel e com Rúben Amorim e José Pedro a fazerem a dupla de médios mais recuados.
Nos primeiros minutos de jogo foi notório algum nervosismo da equipa do Belenenses, fruto da estreia no campeonato, pelo que, a formação sadina foi a primeira a criar lances de algum aparato junto da baliza contrária, sem, no entanto, colocar verdadeiramente em perigo a baliza de Costinha.
Aos 23 minutos surgiu o golo inaugural do encontro, após jogada de combinação entre Roma e Silas, com a bola a sobrar para José Pedro, de fora da área, efectuar um remate forte e colocado sem hipóteses de defesa para o guarda-redes contrário, fazendo um golo de belo efeito.
Se até esse momento, o domínio do jogo pertencia ao Vit. Setúbal, o golo azul teve o condão de tranquilizar a equipa e de fragilizar a formação sadina.
Manoel, Silas e Fernando ainda procuraram o segundo golo através de remates de meia-distância, mas o resultado manteve-se inalterado até ao intervalo.
Na segunda parte o Vit. Setúbal apostou mais no ataque, e logo aos 48 minutos esteve perto da igualdade, mas o Belenenses reagiu de imediato, e com Rúben Amorim e José Pedro em evidência, foi controlando o meio-campo e lançando perigosas jogadas de ataque.
Aos 56 minutos, José Pedro libertou-se de dois contrários junto à linha final do lado esquerdo do ataque e cruzou rasteiro para trás, onde apareceu Roma, em excelente posição, a rematar ao lado desperdiçando uma boa ocasião para elevar o marcador.
Amaral aos 64 minutos, surgiu isolado pelo lado direito do ataque e rematou forte mas Marco Tábuas efectuou uma excelente intervenção, evitando o segundo golo.
Três minutos mais tarde, Jorge Jesus retirou Manoel e lançou Cândido Costa no relvado, procurando dar mais frescura física à equipa e mais pressão sobre os jogadores contrários.
Pouco depois, Silas isolou Roma, que à entrada da área, descaído pela direita, rematou fortíssimo, ligeiramente por cima da baliza adversária. Uma vez mais o golo esteve perto de aparecer.
O Vitória ainda lutava pelo jogo, e aos 72 minutos, Mbamba aproveitou uma desatenção da defesiva azul para obrigar Costinha a efectuar uma difícil defesa.
Dois minutos mais tarde, Fernando cruzou para a entrada da pequena área, onde surgiu Cândido Costa, em excelente posição, a cabecear ao lado da baliza, com tudo para fazer o golo.
Fernando ainda voltou a visar com perigo a baliza sadina, mas aos 82 minutos foi substituído por Djurdjevic, que foi actuar na mesma posição no terreno.
Aos 83 minutos, finalmente apareceu o segundo golo do Belenenses, com José Pedro a marcar um pontapé de canto para o segundo poste, onde apareceu Roma a cabecear para o fundo das redes de Marco Tábuas, para gáudio dos muitos adeptos azuis presentes no Restelo.
Roma que seria substituído dois minutos depois por Dady.
O jogo terminou pouco depois com 2-0 no marcador, perfeitamente justificados, dado a superioridade da nossa equipa a partir dos vinte minutos iniciais da partida.
Ficha do Jogo:
Estádio do Restelo
Árbitro: Rui Costa, da AF Porto, auxiliado por Bernardino Silva, da AF Aveiro, e Celso Pereira, da AF Coimbra.
Belenenses: Costinha; Amaral, Rolando, Nivaldo e Rodrigo Alvim; Rúbem Amorim e José Pedro; Silas «cap», Roma (Dady, 85m) e Fernando (Djurdjevic, 82m); Manoel (Cândido Costa, 67m).
Vit. Setúbal: Marco Tábuas; Janício, Hugo (Veríssimo, 57m), Auri e Nandinho; Binho (Mbamba, 45m), Sandro e Bruno Ribeiro; Varela, Lourenço e Ademar (Amuneke, 45m).
Golos: José Pedro (23m) e Roma (83m).
Disciplina: Cartão amarelo a Nivaldo (14m), Binho (19m), Rodrigo Alvim (36m), Amaral (62m), Roma (73m), Janício (84m) e Lourenço (88m).
No final do encontro, o Portal Oficial de «Os Belenenses» recolheu declarações dos marcadores dos dois golos da partida, que se apresentaram, naturalmente, bastantes satisfeitos com a vitória e com os golos obtidos, no jogo que marcou o regresso da Festa do Futebol ao Estádio do Restelo.
José Pedro: «Foi uma pré-época com muita ansiedade»
- Finalmente a equipa entrou em campo. Qual a sensação?
- Durante este tempo todo que se passou, eu dizia que só acreditava quando entrássemos finalmente em campo. Foi um período complicado, quer nas férias quer na pré-época, e como é óbvio havia alguma ansiedade em todos nós. Felizmente correu bem para nós e demos uma resposta positiva já neste jogo.
- Regresso à competição com mais um golo de belo efeito. É para continuar essa veia goleadora?
- Felizmente peguei bem na bola e o remate saiu-me bem. É uma situação que treino e procuro com frequência, tentar o remate de fora da área e felizmente resultou num golo importante para a equipa.
- Como analisas a exibição da equipa?
- Acho que a nossa equipa denota mais disponibilidade. Apesar dos problemas conhecidos, na pré-época fizemos um bom trabalho e a equipa acabou por dar uma boa resposta em campo. Estamos ainda no início de época, precisamos de fazer mais dois ou três jogos para estabilizar e ganhar rotina. Hoje foi bom mas temos de fazer sempre mais. Daqui para a frente, com mais treinos, mais jogos e mais tranquilidade, vamos estar ainda melhor.
Roma: «Não sou muito alto, mas estou lá para marcar»
- Após esta atribulada pré-temporada, é um alívio começar finalmente a jogar…
- Estávamos todos ansiosos para saber quando e onde íamos jogar e, naturalmente, o grupo ficou muito contente por ter iniciado o campeonato e por ter entrado com o pé direito esta caminhada. Todos os jogos vão ser difíceis, mas o «mister» dá-nos toda a tranquilidade para mostrar o nosso futebol. Temos de vencer todos os jogos em casa, e temos de jogar sempre assim, concentrados, para poder entusiasmar os adeptos.
- Marcar na estreia, de cabeça, que não é o teu ponto forte. Qual a sensação?
- Bom, estou satisfeito porque Deus deu-me a felicidade de marcar na estreia, e logo de cabeça. Não sou muito alto (risos), mas estou na área é para marcar, não interessa como.
